É com grande alegria que a Comissão Regional para a Ampliada Nacional Pastoral Juventude (ARPJ) lança o concurso para a escolha do hino e da identidade visual da ARPJ 2014.
As inscrições irão até o dia 18 de fevereiro de 2013. Devem ser feitas, exclusivamente, pelo e-mail: pastoraldajuventudedebh@gmail.com. O edital completo está no blog da PJLeste2 – pjleste2.blogspot.com.
Comissão Regional para a Ampliada Nacional
da Pastoral da Juventude 2014
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Concurso do hino e identidade visual da Ampliada Nacional da Pastoral da Juventude 2014
Link para filmes
Os filmes: Oscar Romero de El salvador - Anel de Tucum e Dom Helder câmara já estão disponíveis para Download .Acesse http://pjloja.blogspot.com.br/ e saiba mais.
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Carta do CONIC sobre a Semana de Oração
Irmãos e irmãs da caminhada ecumênica!
A partir deste domingo, 20 de maio, estaremos celebrando juntos e juntas mais uma Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Este ano, seremos motivados/as pelo lema bíblico da Primeira Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios: "Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo" (1ª Coríntios 15. 51 – 58). As reflexões bíblicas foram preparadas por nossos irmãos e nossas irmãs da Polônia, país marcado por histórias de sofrimento, mas também por muita coragem e resistência. Testemunhando a sua firmeza na fé este povo venceu inúmeros desafios. Somos motivados/as a orar e transformar a realidade onde vivemos e a empenhar-nos na construção de um mundo melhor e mais justo. Que mais esta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos possa nos animar a confiar sempre mais na transformação possível, com fé alimentada na certeza que vem da vitória do Ressuscitado. Desejamos crescer na unidade e na superação de toda e qualquer forma de descriminação. O CONIC celebra este ano seus 30 anos de caminhada na promoção das relações ecumênicas entre Igrejas cristãs. Nas diversas celebrações que acontecerão lembrando estes 30 anos, seremos acompanhados/as pelo tema da "INTOLERÂNCIA RELIGIOSA". Serão produzidos subsídios que acompanharão nossa reflexão e nos desafiarão a propor ações. Para isso, a oferta recolhida durante as celebrações da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos será muito importante. Sendo assim, contamos com o apoio de todos/as vocês e desde já agradecemos o repasse da oferta destinada ao CONIC, solicitamos que informem o depósito para que possamos registrar e agradecer conic.brasil@terra.com.br . Segue a conta para depósito: Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil Banco Bradesco - Agência 0606-8 - Brasília DF Conta Poupança: 112888 - 4
Autor/Fonte: CONIC |
Vídeo da Cúpula dos Povos
Denunciar as causas da crise socioambiental, apresentar soluções práticas e fortalecer movimentos sociais do Brasil e do mundo. Quem participar da Cúpula dos Povos na Rio+20, entre 15 e 23 de junho, vai encontrar uma programação estruturada nesses três pilares. O Grupo de Articulação da Cúpula, formado por mais de 50 redes nacionais e internacionais, identificou os principais temas a serem debatidos durante a conferência e dividiu essas abordagens em três eixos, que servirão como um 'guia prático' das atividades. O primeiro eixo tem um caráter crítico. Com a denúncia das causas estruturais das crises, das falsas soluções e das novas formas de reprodução do capital, a Cúpula pretende expor à sociedade civil as razões dos problemas de ordem social e ambiental do planeta - ao contrário da Rio+20, como lembra Ivo Lesbaupin, da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong). "A Rio+20 vai esconder essas causas. No Rascunho Zero do documento oficial, não são citadas as causas dos desastres ambientais. E por que não? Porque, com a omissão, fica mais fácil de não resolver", lembra Lesbaupin. "Basta pensarmos nas causas do desmatamento, por exemplo, e veremos que o agronegócio é a causa por trás disso. É só olhar para a Amazônia para perceber que a exploração dos recursos da floresta é permitida e que as fronteiras do agronegócio estão se expandindo cada vez mais". Como o atual sistema econômico também é visto pela Cúpula como um entrave ao desenvolvimento verdadeiramente sustentável, a Rio+20 é entendida como um evento de falsas soluções. "O modelo econômico se baseia na alta produção e no alto consumo. Com a crise, o capitalismo está encontrando uma nova forma de aumentar esses índices: explorando e mercantilizando os recursos naturais do planeta. Por isso, a economia verde é uma farsa. Não é solução, é agravante", destaca Lesbaupin. Assista o vídeo produzido pelo Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social e pela Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Justiça, da Caridade e da Paz - CNBB, para divulgar a Cúpula dos Povos Mais Informações: www.cupuladospovos.org.br Fonte: cupuladospovos.org.br |
Vídeo mostra situação dos Povos Indígenas no Vale do Javari
04/05/2012 | Maria Emerenciana Raia No Vale do Javari, município de Atalaia do Norte, estado do Amazonas, fronteira com o Peru, mais de quatro mil indígenas de diversas etnias são vítimas de doenças como hepatite, malária e gripe, além de sofrer assédios dos madeireiros e do narcotráfico. O Conselho Indigenista Missionário - CIMI Norte 1 produziu um vídeo em parceria com a TV UFAM, da Universidade Federal do Amazonas retratando o descaso dos órgãos públicos para com os Povos Indígenas da região.
Fonte: CIMI Norte1/TV UFAM |
Semana da Cidadania e Cúpula dos Povos
"É a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis".
Juventude e Saúde Alimentar é o tema proposto pela Semana da Cidadania (SdC) para este ano de 2012, uma excelente oportunidade para que não só a juventude, mas toda a sociedade faça a reflexão e o debate da importância dos alimentos em nossas vidas, e se atentem para como estes alimentos são produzidos e chegam até as mesas. O Brasil é um dos países que lidera as estatísticas da produção de alimentos, mas nem todos tem acesso a estes, mesmo sendo um direito garantido pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 6º. Ainda utilizando a temática proposta para a SdC 2012, entendemos o protagonismo dos movimentos sociais na garantia desse direito. Colocarmos em pauta a segurança alimentar e nutricional é retomar um primeiro princípio neste debate: o direito à alimentação adequada e de qualidade.
Muitos problemas sociais decorrem da relação da produção de alimentos (no Brasil e no mundo). Vivemos em um sistema econômico violento que supervaloriza o consumo, a tecnologia e a centralização dos mesmos. Tal problemática se dá pela desigual relação entre quem produz e quem consome. Vivemos uma crise dos excessos, mas ainda assim, é grande o número de pessoas que morrem de fome no mundo, o que representaria uma contradição, pois morrer de fome nos remete à ideia de escassez, porém sabemos que não é essa a lógica. Não nos falta alimentos no mundo, falta é a distribuição dos mesmos. A lógica da produção de alimentos mundialmente está presa à lógica do sistema capitalista. Sobretudo, com o advento da biotecnologia, as corporações do setor investem na produção de grãos geneticamente modificados, em alimentos sintéticos que não se tem estudos que comprovem os reais riscos ou benefícios para o organismo humano. Ainda assim, tentam justificar que os investimentos nesta área visam justamente suprir a demanda crescente de alimentos no mundo.
À época da Revolução Verde (década de 1970), foi difundida a ideia de que os alimentos precisam ser incrementados de insumos (defensivos e agroquímicos) que fizeram aumentar consideravelmente a produção de alimentos e a disparidade entre o acesso a esta produção também se agravou. Gerando assim, alimentos que comprometem a saúde. A humanidade deixou de consumir produtos que eram garantia de saúde para entrar na era das comidas rápidas. Hoje, uma gama de doenças relacionadas aos alimentos faz esta lógica ser freada e volta-se ao consumo de produtos orgânicos. Aqueles que sempre foram cultivados pelos camponeses e que visam de fato suprimir a necessidade básica humana e não segue a lógica do mercado.
Juntamente com a SdC, a PJ insere-se na construção da Cúpula dos Povos, na Rio+20 por justiça social e ambiental. Queremos neste espaço também pautar nossos gritos por um basta às falsas soluções ambientais, há uma governança sustentável que nos tem sido apresentadas, como o "Capitalismo Verde" que tenta utilizar falsamente o nome "Economia Verde" para continuar visando o lucro e deixando a vida das juventudes e de todos os povos ausentes deste direito humano primordial as necessidades e dignidades humanas.
Com a SdC e a inserção da PJ na Cúpula dos Povos , debateremos não só a temática da garantia de alimentação digna, como outros temas relacionados à vida e a garantia de direitos a juventude, como o direito aos territórios, à água, à educação, entre outros. A Pastoral da Juventude entra em mais uma ciranda, pela vida da juventude, a vida dos povos, a vida da nossa Mãe Terra. Nesso sonho da Civilização do Amor queremos possibilitar o enfrentamento da pobreza e das desigualdades sociais, contribuindo para o reestabecimento das relações de igualdade, que são bases que tem o direito no centro, para o Bem-Viver de todos/as.
"O homem não tece a teia da vida: é antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio. Nem mesmo o homem branco, cujo Deus passeia e fala com ele como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Por fim talvez, e apesar de tudo, sejamos irmãos. Uma coisa sabemos, e que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: o nosso Deus é o mesmo Deus. Hoje pensais que Ele é só vosso, tal como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho. Esta terra tem um valor inestimável para Ele, e ofender a terra é insultar o seu Criador. Também os brancos acabarão um dia talvez mais cedo do que todas as outras tribos."
Fonte/Autor: Deisy Rocha (CN Nordeste 3), Paula Grassi (CN Sul 3), Daniel Arrebola (GT Ajuri) e Alessandra Miranda de Souza |
Inscrições Prorrogadas! Seminário "Campanha"
Bom dia! Ainda temos vagas! Venha e traga seu grupo. Lembre de fazer sua inscrição no pjbh.blogspot.com
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24/03/2012: 32 anos do martírio de Dom Oscar Romero: um profeta que não temeu as ameaças de morte
Frei Gilvander Luís Moreira Frei e padre carmelita; mestre em Exegese Bíblica; professor no Instituto Santo Tomás de Aquino – ISTA/BH e no Seminário da Arquidiocese de Mariana, MG; assessor da CPT, CEBI, SAB e Via Campesina Adital "Se me matam, ressuscitarei na luta do povo salvadorenho!" Estive em El Salvador, de 13 a 17/04/2009 participando de um Encontro de Justiça de Paz (e integridade de toda a Criação) da Ordem dos Carmelitas. Tive o sentimento que ao pisar em solo salvadorenho, o Deus da vida cochichava nos meus ouvidos: "Tire as sandálias, pois estás pisando em um lugar sagrado." Assim foram os 5 dias que lá estive. Voltei ao Brasil profundamente marcado. Nunca vi uma terra tão banhada pelo sangue dos mártires. Fotos de El Salvador. Eu, frei Gilvander L. Moreira, partilho com você a emoção de uma visita. |
Batalha contra a mineração e as hidrelétricas faz a terceira vítima fatal
Natasha Pitts Jornalista da Adital Adital O jovem indígena Franklin Javilla, da comunidade de Chichica, foi baleado pela Polícia em 5 de fevereiro durante manifestação em Tolé contra a instalação de hidrelétricas e projetos de mineração na Comarca Ngöbe Buglé. Ele faleceu na noite da última terça-feira (20), no Hospital Ricardo Fábrega, de Santiago de Veraguas, quando passava por uma cirurgia para amputar a perna baleada. A morte do indígena acontece em meio à aprovação do projeto que regularizará as concessões mineiras e hídricas no país, ocorrida ontem (22). Após 45 dias de muitos embates, o Projeto de Lei 415 modificará o código mineiro, cancelando-os na Comarca Ngöbe Buglé. Por outro lado, os projetos hidrelétricos continuarão sendo executados sem nenhuma proteção aos territórios indígenas, o que desagradou aos indígenas e geraram várias mobilizações. Franklin foi o terceiro indígena morto em Chiriquí e áreas próximas no marco da luta contra a mineração e as hidrelétricas na Comarca. Os indígenas também denunciam o falecimento de Jerónimo Rodríguez Tugrí e Mauricio Méndez. Atenção médica era um dos pontos exigidos pelos indígenas Ngöbe Buglé para retomar o diálogo com o Governo. Após conseguir esta demanda, que foi registrada no Pacto de San Lorenzo, Franklin e outros feridos durante as manifestações de fevereiro foram levados para hospitais e receberam atendimento médico. Para mostrar todo o descontentamento com a morte do jovem e com o desrespeito aos direitos territoriais dos Ngöbe Buglé, um grupo de indígenas decidiu entrar em greve de fome. A decisão também é uma forma de mostrar repúdio à violação dos direitos das mulheres e pedir a defesa dos direitos da juventude. Os indígenas não pretendem deixar a greve de fome até que a vitória de seu povo seja sacramentada e proclamam "morte ou nossa terra livre de mineração e hidrelétrica". Ainda ontem (22), Dia Mundial da Água, uma manifestação saiu pelas ruas de Santiago de Veraguas a fim de deixar uma mensagem de defesa dos recursos naturais do Panamá e em especial do rio Santa Maria, onde serão instalados seis projetos hidrelétricos. Também foi uma oportunidade para denunciar as violações aos direitos humanos dos indígenas e dos defensores/as do meio ambiente durante os protestos realizados em fevereiro. A batalha indígena que segue por quase dois meses reivindica a suspensão da construção da hidrelétrica de Barro Blanco, o cancelamento de outras três mega obras programadas para serem executadas em território indígena, a criação de um Regime Especial para a Proteção dos Recursos Minerais, Hídricos e Ambientais destes povos, a proibição de que no futuro a Comarca Ngöbe Buglé possa sediar empreendimentos mineiros e hidrelétricos e a garantia de consultas livres e prévias quando se cogitar realizar projetos de infraestrutura em territórios Ngöbe Buglé. Com informações de agências |
Morre o bispo da Reforma Agrária
Faleceu hoje pela manhã, 13/02/2012, Dom Ladislau Biernaski Bispo de SãoJosé dos Pinhais, Paraná. Dom Ladislau foi durante muitos anos bispo auxiliar de Curitiba, e em2006 foi nomeado o primeiro bispo da recém formada Diocese de São José dosPinhais, na região metropolitana de Curitiba. Dom Ladislau, sempre foi um animador das pastorais sociais, atuante naComissão pastoral da Terra, foi eleito sue presidente nacional em 2009. Mais do que cargos em funções, Dom Ladislau era uma pessoa muito sábia,humilde e simples que gostava de conviver com os pobres e em especial com oscamponeses. Sempre apoiou a reforma agrária e o MST no Paraná e em todo Brasil. Nos deixa aos 73 anos de uma vida comprometida com a verdade e ajustiça. Um bispo filho de camponeses migrantes poloneses, que se preocupavacom a soberania alimentar, com a agroecologia. Era um semeador de idéias e deexemplos de vida, a serviço dos camponeses. Grande Dom Ladislau, foi um verdadeiro pastor! Secretaria Nacional do MST **************** Nascido em 1937, em AlmiranteTamandaré, região metropolitana de Curitiba, dom Ladislau teve sua ordenaçãopresbiteral no dia 6 de julho de 1963. Ele foi ordenado bispo em 27 de maio de1979, em Roma, Itália. Na vida religiosa, domLadislau foi bispo auxiliar de Curitiba de 1979 a 2006, sendo posteriormenteordenado bispo de São José dos Pinhais. Ele também foi responsável por diversaspastorais sociais no Brasil, respondendo pela Pastoral Operária, ComissãoPastoral da Terra (CPT) onde foi vice-presidente de 1997 a 2003 e atualmenterespondia pela presidência, Pastoral Carcerária (1979) e a Pastoral do Menor(1988). Em sua larga atuação no Regional Sul 2 da ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi membro da presidência em 1999 esecretário executivo em 2007. O lema de Dom Ladislau era "Ele é a nossapaz". (londrina.odiario.com) ***************** Nota de Pesarpela morte de Dom Ladislau Biernaski Comissão Pastoral daTerra: "Corpo de dom Ladislau Aos nossos amigos eparceiros Compartilhamos comvocês nossos sentimentos pela morte de nosso presidente, Dom Ladislau Biernaski,ocorrida no dia de hoje. A CPT Nacional se reconhece neste texto de Jelson deOliveira, agente da CPT Paraná, que muito bem conheceu Dom Ladislau e com elecondividiu lutas, sofrimentos e vitórias. Os homens e mulheres do campobrasileiro perdem com essa morte um grande aliado, movido pelo espírito deJustiça que se alimentava da palavra e da prática de Jesus, que veio anunciarBoas Notícias aos pobres. Goiânia, 13 defevereiro de 2012. Coordenação Nacionalda CPT *********** Morre o bispo daReforma Agrária Por Jelson Oliveira Coordenador do Cursode Filosofia PUC-PR e agente da CPT Paraná Dom Ladislau Biernaski era desseshomens apaixonados pela terra. Mãos calejadas e unhas turvas, seu grandeorgulho era mostrar a horta que mantinha no quintal de sua residência simplesna cidade na qual viveu por muitos anos e da qual foi bispo nos últimos cinco,São José dos Pinhais. Essa paixão pela terra, herdada da família de imigrantespoloneses, fez com que ele transformasse a terra também numa causa evangélica epolítica. Por ela frequentou acampamentos e assentamentos em nome da Igreja.Muitas vezes deixou mitras e cátedras e foi à praça do povo para celebrar essecompromisso profético com a justiça. À frente da Comissão Pastoral da Terra emnível estadual e nacional, e das demais pastorais sociais que acompanhou, DomLadislau foi um amigo e companheiro. Soube como ninguém entender e explicar amissão pastoral da Igreja dos pobres e por esta clarividência, participou deinúmeras mobilizações da luta dos pobres paranaenses no campo e na cidade. Na missa de suaposse, em março de 2007, na nova Diocese, o bispo do povo declarou que "noâmbito da justiça é que se louva a Deus". Foi essa certeza que o alimentouem tantos anos de vida e de sacerdócio. Foi ela que o fez recusar ossacrifícios inocentes ofertados a Deus com o sangue dos trabalhadores etrabalhadoras. Talvez por isso, sua comovente simplicidade não o tornouperfeito como homem, mas o fez buscar a justiça como norma. Carregou suascruzes e sangrou suas próprias feridas. Em seus olhos inquietos e miúdos semprepudemos encontrar aquela inquietude de um ser inacabado. Teve seus erros, seusdramas e suas noites insones, depois das quais, louvava a Deus com um fartocafé da manhã na mesa central de sua sala, para o qual muitas vezes contava coma companhia de amigos e companheiros de luta. Partilhou o pão, a paixão e osestorvos da luta. Seu lugar era à mesa dos pobres, como esperança, e àstribunas dos poderes e das mídias, como advertência. Ouviu com paciência. Amoucom radicalidade. Falou com admirável coragem das causas mais difíceis, cujasferidas ainda sangram na geografia da nação. Foi padrinho incansável dacampanha pelo módulo máximo para a propriedade da terra no Brasil. Chorou amorte de tantos trabalhadores sem terra país afora. Denunciou o trabalhoescravo. Rezou por suas viúvas e abençoou seus filhos. Acreditouincansavelmente na agroecologia, na produção sustentável, no respeito ambientale no comércio justo. Defendeu a agricultura camponesa com o entusiasmo quetrouxe do berço. Caminhou em romarias e marchas. Deu entrevistas. Falou doEvangelho com a cativante palavra da esperança e da vida com a evangélica forçado testemunho. Como tantos outros,Dom Ladislau morreu hoje sem que sua utopia se realizasse. Mas dizem que amelhor forma de homenagear uma vida que se foi é dar continuidade aos seusprojetos. Essa é a forma como eu e você devemos lembrar este homem cujotestemunho é, de tão raro, inesquecível; e de tão simples, profético. Nossa teimosia serásempre uma forma de homenagem. Sua memória um compromisso com a vida. [MaioresInformações: Antônio Canuto(Assessoria de Comunicação da CPT Nacional) – (62) 4008-6412 www.cptnacional.org.br - @cptnacional] |
Nota de Repudio
São Leopoldo-RS, 28 de Janeiro de 2012
Nós, jovens da Pastoral da Juventude (PJ), em ocasião das discussões realizadas no Fórum Social Temático (FST), nas cidades gaúchas de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Canoas e São Leopoldo entre, os dias 24 a 29 de janeiro e em comunhão com as muitas organizações e instituições presentes, queremos pautar nossa indignação e repúdio com a desocupação forçada e destruição de cerca de duas mil moradias populares na comunidade de Pinheirinho, localizada em São José dos Campos, interior de São Paulo. A comunidade do Pinheirinho nasceu há cerca de oito anos na zona sul da cidade de São José dos Campos. Antes da desocupação, contava com toda infraestrutura própria, como mercadinhos, padarias, cabeleireiro, comunidade eclesial de base própria vinculada à paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e demais serviços, tudo construído com o suor dos moradores. Hoje, Pinheirinho é apenas toneladas de escombros e essa atrocidade deixou sete mil pessoas desabrigadas. A vida comunitária ali concretizada dia a dia foi desrespeitada e violada. Numa aliança de clara oposição aos/as mais pobres e oprimidos/as e numa afronta radical à função social da propriedade, o judiciário ordenou a desocupação forçada, resultando como saldo, além da destruição de todas as casas e perda de bens materiais, várias pessoas feridas. A prefeitura e o governo do estado, também omissos, não apenas se negaram a implantar qualquer política pública com vistas a resolver o problema de moradia daquelas pessoas, como também aplaudiram a violência com que tudo aconteceu. Desta forma, a Pastoral da Juventude, em constante luta contra a violência, quer deixar clara a posição contra o massacre de Pinheirinho, um dos maiores atentados contra os Direitos Humanos da história recente do país, perpetrado pelo judiciário, polícia militar e poder executivo municipal e estadual. Chega de violência! Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude Comissão Nacional de Assessores/as da PJ Autor/Fonte: Teias da Comunicaçã |
Já Começaram as inscrições para o Seminário "Campanha Contra a Violência e o Extermínio de jovens"
Como Participar? O Seminário da Campanha acontecerá dia 29 de Abril (Domingo) de de 09 as 16 Horas em Belo Horizonte. Instituto São Tomás de Aquino - ISTA, Coração Eucarístico. Temos que nos preparar antes do seminário? Sim, será realizado 3 encontros de preparação. Em Betim, Contagem e Ribeirão das Neves, todos no mês de Março. Fique atendo as datas e os locais. Ribeirão das Neves > 11 de Março de 2012 de 09 as 16 Horas. Local : a definir. Contagem> 18 de Março de 2012 de 09 as 16 Horas. Curia Episcopal da RENSA / Cidade Industrial. Betim> 25 de Março de 2012 de 09 as 16 Horas. Arca / Centro de Betim. Onde faço as Inscrições? Pelos links abaixo (clique no local onde deseja participar), pelos endereços abaixo e pelo E-mail - pastoraldajuventudedebh@gmail.com Centro Marista de Juventude Rua Lavras, 185 - Savassi / BH. Tel. (31) 3261-1581 (31) 3261-2686 Instituto Pastoral da Juventude - IPJ Rua São Paulo, 818 12 andar - Centro / BH. Tel. (31) 2515-5756 Links Pré - Seminário - BetimPré-seminário: ContagemAjude na divulgação, convide seus amigos, venha com seu grupo de jovens, avise nas celebrações. Curta nossa página no FaceBook Página no Orkut Mais Informação no CMJ e no IPJ ou pelo e-mail da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Belo Horizonte. |
Cristãos leigos participam de curso de formação política
CNBBCom o objetivo de proporcionar a cristãos leigos competência e habilitação para agir no campo da Política, o Centro Nacional de Fé e Política "Dom Helder Câmara" (CEFEP) está desenvolvendo a 4ª edição do Curso de Formação Política para Cristãos Leigos e Leigas. O evento acontece no Centro Cultural Missionário, em Brasília, e oferece às lideranças de movimentos eclesiais e sociais de todo país, conhecimento na atuação na construção de uma sociedade justa e solidária, à luz do Ensino Social da Igreja e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). Na abertura do evento, no último domingo, 15, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom frei Severino Clasen, por meio de uma mensagem, manifestou sua esperança no avanço do laicato na responsabilidade de cuidar "cristãmente" do povo. "Com o curso do CEFEP, procuramos ser multiplicadores dos ensinamentos com simplicidade, humildade, e gesto nobre de doação para que no mundo político, cessem os escândalos, as corrupções e a ânsia do enriquecimento e sede do poder pelo poder, atrapalhando a administração da nação", disse. Os destinatários do curso são pessoas atuantes com identidade cristã de vivência e participação, ou seja, são lideranças nas comunidades, nas Pastorais Sociais, nos Movimentos e Organizações, e que já assumem ou pretendem assumir cargos em instâncias partidárias. O secretário executivo do Centro Nacional de Fé e Política, padre Ernanne Pinheiro, falou da importância do curso para a sociedade. "Aqui formamos cristãos para a missão política, para atuar e formar uma mentalidade social cristã no país", afirmou. Sônia Gomes de Oliveira, de Montes Claros (MG), é um exemplo de militância. Ela é vice-presidente do Conselho de Leigos do Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais), e coordenadora da Escola Arquidiocesana de Fé e Política. Para ela, é essencial buscar capacitação nas áreas que atua. "Ao receber essa formação nós podemos levar e estendê-la a atuação dos leigos, em sintonia com as Diretrizes que a Igreja propõe", explicou. O curso também é voltado para quem ocupa cargos políticos, como o participante e vice-prefeito de Santa Bárbara (GO), Leonardo José de Paula. "A política essencial que deve ser praticada por todos visando o bem comum, está profundamente ligada aos valores cristãos, esse encontro vem fortalecer esses valores para que possamos atuar como agentes transformadores na política, como cristãos", destaca. O curso é composto por três eixos: Curso Nacional de Formação Política; Rede de Assessores; Articulação das Escolas Locais de Fé e Política. Com duração total de um ano meio, os participantes recebem um certificado de especialização após cumprir três etapas: a primeira e a segunda, presenciais, com 15 dias e carga horária de 90 horas, e a terceira, educação à distância, com 180 horas. Antônio Cirilo Borges, da diocese do Macapá (AM), é um dos participantes do curso. Ele destaca que seu objetivo é levar o conhecimento para sua região. "Queremos levar esse conhecimento para nossa diocese, com o intuito de reformular, reimplantar e revitalizar a nossa Escola de Fé e Política, para que o leigo tenha mais conhecimento sobre seu papel de ser Igreja no coração do mundo", disse. O Brasil vive um momento de transformações aceleradas. Com as constantes transformações do complexo mundo globalizado, os cristãos são chamados a exercer sua missão de protagonistas. Com esse cenário, torna-se importante investir na formação dos evangelizadores para torná-los aptos a influenciar na construção de uma nova cultura política. "É uma maneira sublime do exercício da caridade", definiu o padre Ernanne. César Augusto Meio Ambiente Pastoral da Juventude |
Intereclesial vai rever história das CEBs na América Latina
Intereclesial vai rever história das CEBs na América Latina |
PJ lança subsídio no X ENPJ
Os seis projetos nacionais da Pastoral da Juventude conduziram a pauta principal do penúltimo dia de atividades do 10º Encontro Nacional. O lançamento de um subsídio sobre a identidade da PJ e o resultado das atividades em grupo foram outros destaques do dia. O secretário nacional, Thiesco Crisóstomo, e o assessor nacional, padre Wander Torres, falaram sobre os projetos nacionais assumidos pela PJ como instrumentos com o propósito de fortalecer os grupos de jovens. Em seguida, foi lançado oficialmente a publicação "Pastoral da Juventude: um jeito de ser e fazer". O subsídio de estudo reúne informações sobre a história, mística e identidade da pastoral e será difundido para todo Brasil. Do trabalho em grupos tendo com tema os projetos nacionais resultaram mais de 130 produções como roteiro de dinâmicas, de encontros, do ofício divino da juventude, retiros e outras propostas. Agora o material passará por um processo de revisão antes de ser disponibilizado para todos os grupos de jovens do país. O penúltimo dia do 10º ENPJ terminou com a celebração dos mártires presidida por dom Sinésio Bohn, bispo emérito de Santa Cruz do Sul (RS) e concelebrada por dom Emar Perón, bispo auxiliar na arquidiocese de São Paulo, responsável pela região episcopal Belém |
Igreja ama os pobres, destaca Bento XVI
Rádio Vaticano
O evento se inseriu no Ano europeu de luta contra a pobreza. Uma ocasião – disse Bento XVI – para renovar os esforços em todos os níveis pela construção de uma sociedade mais justa e solidária.
A Igreja ama os pobres e jamais os abandona, a Igreja ama todo homem "por aquilo que é e não por aquilo de tem": foi o que o papa reiterou com veemência encontrando os marginalizados da sociedade, os últimos, que são, porém, os primeiros no desígnio de amor de Deus. Uma visita densa de emoções e momentos de sincera comoção iniciada com o encontro, na policlínica, com os médicos e os voluntários do acolhimento.
O pontífice foi acolhido com aplausos e coros de festa no albergue onde pôde falar com alguns hóspedes do abrigo. No refeitório da Caritas, após a bênção da placa comemorativa do evento, o papa recebeu a saudação do seu vigário para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, que definiu a Caritas diocesana como uma "pequena aldeia da caridade" no coração de Roma. Um lugar – disse ele – onde se demonstra concretamente que "a marginalização pode ser contrastada e vencida pelo amor".
O purpurado dirigiu um apelo às instituições: "Que o estado social não sofra injustos redimensionamentos e as faixas mais frágeis da população não sejam mortificadas."
Em seguida, teve lugar o momento comovente da entrega ao Santo Padre do Crucifixo restaurado da Igreja de São Pedro em Onna, a localidade mais atingida pelo terremoto que em abril do ano passado sacudiu a região dos Abruços e o centro da Itália. O Crucifixo foi entregue ao papa por Giovanna Contaldo, hóspede do albergue "Don Luigi Di Liegro", que com as seguintes palavras ressaltou o significado do presente:
"Nesta Cruz, quebrada no terremoto, encontra-se a dor de todos nós que habitamos neste albergue, a dor do povo dos Abruços, dos pequeninos do Haiti, o martírio dilacerante dos pais e mães que na morte de seus filhos renovam toda vez a dor de Maria. Uma dor inexplicável, lancinante, mas não desesperadora. A Cruz restaurada que lhe doamos não é, portanto, a imagem do sofrimento, mas a espera do alvorecer e do resgate."
Por sua vez, o papa falou de esperança em seu discurso, um verdadeiro hino à Caridade na verdade. Bento XVI dirigiu-se diretamente aos pobres, aos marginalizados acolhidos pelo Centro da Caritas.
"Saibam que a Igreja ama vocês profundamente e não os abandona porque reconhece no rosto de cada um de vocês o rosto de Jesus. Ele quis identificar-se de modo totalmente particular com aqueles que se encontram na pobreza e na indigência. O testemunho da caridade, que neste lugar encontra concretização especial, pertence à missão da Igreja juntamente com o anúncio da verdade do Evangelho."
O homem "não somente precisa ser alimentado materialmente ou ajudado a superar os momentos de dificuldades, mas também precisa saber quem ele é e conhecer a verdade sobre si mesmo, sobre a sua dignidade" – foi a reflexão do Santo Padre.
"A Igreja, com o seu serviço em favor dos pobres – ressaltou – está comprometida em anunciar a todos a verdade sobre o homem, que é amado por Deus, criado à sua imagem, redimido por Cristo e chamado à comunhão eterna com Ele."
"Uma cidade em que um só homem sofre menos, é uma cidade melhor", dizia Don Luigi Di Liegro – extraordinária testemunha da caridade cristã, a quem é dedicado o albergue visitado pelo papa.
Um desafio de humanidade que hoje, com essa visita, Bento XVI renovou a toda a cidade de Roma.
História da Igreja no Brasil
A Igreja dos Pobres A história da Igreja no Brasil se confunde com a história da misericórdia, da compaixão para com os pobres, os doentes, os órfãos, os abandonados, os idosos, os prisioneiros. Praticamente todas as modernas instituições de atendimento social tiveram a gestação na Igreja. Não poderia ser diferente, pois a vida da Igreja consiste na imitação dos gestos de seu fundador. Jesus foi o homem da compaixão sem limites: doentes, rejeitados da sociedade, pecadores públicos, famintos, prostitutas... dele receberam o olhar amoroso e a mão estendida. E isso é tão decisivo que o julgamento e a salvação dependem do que tivermos feito com os doentes, prisioneiros, famintos, peregrinos... (Mt 25). A IGREJA, MÃE DOS SOFREDORES Assim também foi e é a história da Igreja no Brasil: uma sucessão de obras de misericórdia corporais e espirituais. Passando pelas Santas Casas de Misericórdia, pelas Casas de Caridade, Asilos, Orfanatos, Escolas, missões entre os índios..., percebemos a presença de bispos, leigos, sacerdotes, religiosos e religiosas. É evidente que nos dias de hoje houve uma evolução do conceito de caridade e cidadania, passando a cobrar do Estado muitas iniciativas que antes eram da Igreja. É missão do governo, que recolhe impostos, oferecer aos cidadãos meios de trabalho, moradia, estudo, saúde, emprego. Mas isso não impede que a Igreja tenha suas obras de misericórdia, sobretudo naquelas situações em que se exige verdadeira vocação para o atendimento. AS RELIGIOSAS, IRMÃS DA CARIDADE A mulher foi sempre a grande promotora da caridade, da assistência ao pobre. Aliás, a vida da Igreja é marcada pela presença da mulher. Junto com o leite materno, ela alimentou o filho com o leite espiritual. A catequese é obra da mulher, como também o é a organização das comunidades. Na década de 80, elas começaram, no Brasil, a Pastoral da Criança. Iniciada em Florestópolis-PR, em 1983, expandiu-se pelo Brasil e evitou a morte e a desnutrição de milhões de crianças. Foi resultado do ideal dos irmãos Zilda e Dom Paulo Evaristo Arns. O ministério da caridade foi exercido sobretudo pelas religiosas, que até recebiam o nome de Irmãs de caridade. A Coroa portuguesa fazia restrições à vida religiosa feminina no Brasil. O motivo era a carência de mulheres na Colônia: um convento feminino, atraindo vocações, pioraria o quadro. O caminho encontrado pelos chefes de família brasileiros foi enviar as filhas para conventos em Portugal. Mas, em 1732, o rei impôs pesadas multas e prisão para o capitão de navio que levasse mulheres sem permissão régia. A primeira experiência religiosa no Brasil aconteceu em Santa Catarina, entre 1538-1548, quando os freis Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón fundaram, na atual Laguna, um Recolhimento para meninas indígenas. Seguiram-se outros em Pernambuco e Bahia. Não eram conventos, mas ofereciam a possibilidade de vida conventual. O primeiro mosteiro brasileiro foi fundado em Salvador no ano de 1677. Em 1755, Salvador tinha sete casas religiosas, com 186 religiosas professas e, para servi-las, 499 escravos! Era um projeto religioso para as classes dominantes, com pouca austeridade e piedade. As beatas tiveram outro tipo de vida religiosa. Tratava-se de leigas que vestiam o hábito da Ordem Terceira franciscana e passavam a vida na oração e na penitência. Chegavam a formar pequenas comunidades com espírito mais religioso e pobre do que nos conventos. Havia também as beatas peregrinas, não enclausuradas, que levavam vida apostólica, assumindo obras de caridade, como o trabalho com crianças. Foi essa a possibilidade para a regeneração espiritual e social de mulheres prostituídas ou para as mulheres pobres que não tinham acesso aos conventos. Essas mulheres de vida religiosa autêntica escreveram uma bela página da vida católica brasileira. A partir de 1849, chegaram ao Brasil as congregações femininas de vida ativa, dedicadas ao ensino e aos hospitais. Foram pioneiras as Irmãs de São Vicente de Paulo. Grande intuição foi a da Beata Madre Paulina que, em 1890, fundou em Santa Catarina a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cujo objetivo era a catequese, a caridade com os doentes, o ensino e a missão. Cabe aqui recordar a inserção das religiosas nas CEBs, nos meios populares do interior, dos sertões brasileiros, entre os indígenas, onde são catequistas, médicas, conselheiras, enfermeiras, ensinam noções de higiene, saúde, etc. Ir. Dulce, eleita pela revista semanal ISTO É "a religiosa do século 20", firmou-se no coração dos brasileiros como o Anjo dos Pobres de Salvador. Irmã Dulce concebeu sua obra como o refúgio seguro daqueles a quem nenhuma instituição queria receber. IRMÃO JOAQUIM, O VICENTE DE PAULO BRASILEIRO Nascido em Florianópolis, o Irmão leigo Joaquim Francisco do Livramento (1761-1829) tinha a espiritualidade centrada na devoção ao Santíssimo Sacramento e na consagração aos pobres. Irmão Joaquim conseguiu reunir grupos de mulheres adoradoras do Santíssimo e criou muitas obras para o atendimento aos pobres e à infância desvalida. A ele deve-se a construção do Hospital Caridade dos Pobres, em Florianópolis, o Asilo para crianças abandonadas em Salvador, a Santa Casa de Porto Alegre... Ele garantia a manutenção de suas obras viajando para a Europa; foi recebido por reis, vice-reis, governadores. Foi numa dessas viagens que Ir. Joaquim morreu na cidade francesa de Marselha. Ele tentou também promover a missão entre os índios, mas a burocracia não o permitiu. Nos tempos modernos, a promoção humana na Igreja brasileira contou com a obra de Marcello Cândia (1916-1983), conhecido como "o empresário dos pobres". Proprietário de uma importante indústria italiana, vendeu-a e, em 1965, a convite de Dom Aristides Pirovano - Bispo de Macapá, transferiu-se para Amapá, aplicando sua fortuna na construção e manutenção de hospitais, leprosários, escolas, conventos... em diversos Estados brasileiros. O trabalho de Marcello Cândia era marcado pelo espírito de bondade, caridade e santidade. Em 1995 foi aberto o processo para a sua beatificação. AS CASAS DE CARIDADE DO PADRE IBIAPINA O padre José Antônio de Maria Ibiapina, cearense nascido em 1806, foi promotor da vida religiosa no Nordeste. Em sua obra unia a espiritualidade missionária e a caridade. Ordenado sacerdote, viveu 28 anos como missionário no sertão onde pregava missões populares. Sua originalidade foi convocar o povo para obras comunitárias, como a construção de açudes, hospitais, escolas, cemitérios. Fundou 22 Casas de Caridade em cinco Estados nordestinos, todas construídas com material local. Tudo isso ele construiu sem auxílio exterior, sem compromissos, sem apoio oficial. Não precisava, pois sua missão unia de modo claro a fé e a caridade, e convencia as populações atingidas. Para conduzir essas Casas, apresentaram-se centenas de moças, com votos ou não, vocações locais, exercendo a função de enfermeiras, educadoras e evangelizadoras do povo. Um modo novo de viver a vida religiosa. Ibiapina, já paralisado, passou os últimos 16 anos dirigindo e orientando suas fundações. Morreu em 1883. Infelizmente, os bispos nordestinos preferiram "importar" religiosas européias, dando pouca importância à obra original de Ibiapina, que teria dado outra feição à Igreja nordestina. Para Refletir 1.º Como se desenvolveu a ação caritativa da Igreja no Brasil? 2.º Quais são os destaques da atual ação social da Igreja no Brasil? 3.º Na celebração dos 500 anos foi reconhecida a presença silenciosa da Igreja na construção do Brasil? |
Anel de Tucum: Qual o significado do seu uso?
Extraído de uma palmeira Amazônica (Bactris setosa) O anel de tucum significa adesão às causas populares, luta contra a opressão social e o desejo de um mundo mais justo, de humanos direitos para todas e todos. Tal significado é originário da utilização do anel de tucum como aliança matrimonial pelos escravos, o que lhe conferiu, logo em seguida, a força de símbolo clandestino de resistência e libertação. De lá pra cá, a simbologia do anel de tucum permanece viva e continua permitindo que as pessoas identifiquem, uma nas outras, tais princípios de vida.
Nas Igrejas da Comunidade Metropolitanas do Brasil e em outros países o anel de tucum encontra a plenitude do significado já exposto acima. Nossa missão de Inclusão Radical não é só a luta pelos direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) mas pela igualdade de direitos de todas e todos sem distinção, conforme declaramos em nossa Confissão de Fé: ”...Creio nos direitos humanos, na solidariedade entre os povos, na força da não-violência. Creio que todos os homens e mulheres são igualmente humanos. Creio que só existe um direito igual para todos os seres humanos, e que eu não sou livre enquanto uma pessoa permanecer escrava...” Por esta luta a ICM é conhecida em muitos países como a Igreja dos Direitos Humanos.
Bom, vale dizer que muitos usam o anel de tucum sem mesmo saber seus significados e conseqüências. Assumir tal compromisso, lutar por justiça e se colocar a favor dos menos favorecidos é se opor aos que buscam lucros por meio da exploração e lutar contra toda forma de opressão inclusive a Religiosa Homofóbica, Machista e Sexista. Essa não é uma tarefa fácil, pois em muitos casos isso pode ser até mesmo perigoso.
Algumas pessoas usam na mão esquerda, outras na mão direita e ao que parece não existe diferença no significado, mas já escutei belas explicações:
“uso na esquerda, pois há uma veia no dedo anelar esquerdo que vai direto ao coração”
“a mão direita é a que saúdo meus irmãos e irmãs”
Creio que independente da mão, todos temos um ideal parecido: o compromisso com os menos favorecidos, o de busca e luta por uma sociedade mais justa e fraterna, o que para mim (e acredito que para muitos também!), trata-se da construção do Reino de Deus, da Civilização do Amor!!!
- Particularmente falando, acho lindo a mística e a simbologia que este anel tem! O peso que ele possui e se faz sentir!
Realmente não é fácil carregar, assumir, o que para mim faz parte da proposta do Projeto de Jesus: A Radical Inclusão!
Referências:
* Conteúdos para Mudar o Mundo – Raquel Quintino
* "O Anel de Tucum", Dom Pedro Casaldáliga