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Cristãos leigos participam de curso de formação política

CNBB

Com o objetivo de proporcionar a cristãos leigos competência e habilitação para agir no campo da Política, o Centro Nacional de Fé e Política "Dom Helder Câmara" (CEFEP) está desenvolvendo a 4ª edição do Curso de Formação Política para Cristãos Leigos e Leigas. O evento acontece no Centro Cultural Missionário, em Brasília, e oferece às lideranças de movimentos eclesiais e sociais de todo país, conhecimento na atuação na construção de uma sociedade justa e solidária, à luz do Ensino Social da Igreja e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE).

Na abertura do evento, no último domingo, 15, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom frei Severino Clasen, por meio de uma mensagem, manifestou sua esperança no avanço do laicato na responsabilidade de cuidar "cristãmente" do povo. "Com o curso do CEFEP, procuramos ser multiplicadores dos ensinamentos com simplicidade, humildade, e gesto nobre de doação para que no mundo político, cessem os escândalos, as corrupções e a ânsia do enriquecimento e sede do poder pelo poder, atrapalhando a administração da nação", disse.

Os destinatários do curso são pessoas atuantes com identidade cristã de vivência e participação, ou seja, são lideranças nas comunidades, nas Pastorais Sociais, nos Movimentos e Organizações, e que já assumem ou pretendem assumir cargos em instâncias partidárias. O secretário executivo do Centro Nacional de Fé e Política, padre Ernanne Pinheiro, falou da importância do curso para a sociedade. "Aqui formamos cristãos para a missão política, para atuar e formar uma mentalidade social cristã no país", afirmou.

Sônia Gomes de Oliveira, de Montes Claros (MG), é um exemplo de militância. Ela é vice-presidente do Conselho de Leigos do Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais), e coordenadora da Escola Arquidiocesana de Fé e Política. Para ela, é essencial buscar capacitação nas áreas que atua. "Ao receber essa formação nós podemos levar e estendê-la a atuação dos leigos, em sintonia com as Diretrizes que a Igreja propõe", explicou.

O curso também é voltado para quem ocupa cargos políticos, como o participante e vice-prefeito de Santa Bárbara (GO), Leonardo José de Paula. "A política essencial que deve ser praticada por todos visando o bem comum, está profundamente ligada aos valores cristãos, esse encontro vem fortalecer esses valores para que possamos atuar como agentes transformadores na política, como cristãos", destaca.

O curso é composto por três eixos: Curso Nacional de Formação Política; Rede de Assessores; Articulação das Escolas Locais de Fé e Política. Com duração total de um ano meio, os participantes recebem um certificado de especialização após cumprir três etapas: a primeira e a segunda, presenciais, com 15 dias e carga horária de 90 horas, e a terceira, educação à distância, com 180 horas.

Antônio Cirilo Borges, da diocese do Macapá (AM), é um dos participantes do curso. Ele destaca que seu objetivo é levar o conhecimento para sua região. "Queremos levar esse conhecimento para nossa diocese, com o intuito de reformular, reimplantar e revitalizar a nossa Escola de Fé e Política, para que o leigo tenha mais conhecimento sobre seu papel de ser Igreja no coração do mundo", disse.

O Brasil vive um momento de transformações aceleradas. Com as constantes transformações do complexo mundo globalizado, os cristãos são chamados a exercer sua missão de protagonistas. Com esse cenário, torna-se importante investir na formação dos evangelizadores para torná-los aptos a influenciar na construção de uma nova cultura política. "É uma maneira sublime do exercício da caridade", definiu o padre Ernanne.



César Augusto
Meio Ambiente
Pastoral da Juventude

Intereclesial vai rever história das CEBs na América Latina

Intereclesial vai rever história das CEBs na América Latina



Juazeiro (RV) - Até a próxima quinta-feira, cerca de 120 delegados representantes dos 17 regionais da CNBB participam de um seminário nacional em Juazeiro do Norte, no Ceará, que deve apontar as diretrizes para o 13º Intereclesial, marcado para janeiro de 2014.

Os participantes discutem o aprofundamento do tema "Justiça e profecia a serviço da vida" e o lema: "CEBs, romeiras do Reino no campo e na cidade".

Nos três dias de seminário, de acordo com o coordenador do próximo Intereclesial, Padre Vileci Basílio Vidal, será discutida a questão referente aos planos diretores das cidades. "Teremos, entre outros, a assessoria do Marcelo Barros e também a possibilidade de rever a história das CEB's na América Latina".

De acordo com o site da Arquidiocese de Fortaleza, o seminário faz parte do processo formativo, no espírito da Missão Permanente na América Latina e Caribe, levando em conta a diversidade cultural compartilhada com os diferentes níveis de Igreja: CEBs, paróquias, dioceses e regionais.
O último dia do seminário será um grande encontro na comunidade do Caldeirão do Beato Zé Lourenço, em Juazeiro do Norte. Nos dias 27 e 28, haverá a reunião da equipe ampliada nacional, que prepara o próximo Intereclesial.
(CNBB)
                                        Fonte: http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/articolo.asp?c=557462

PJ lança subsídio no X ENPJ

Os seis projetos nacionais da Pastoral da Juventude conduziram a pauta principal do penúltimo dia de atividades do 10º Encontro Nacional. O lançamento de um subsídio sobre a identidade da PJ e o resultado das atividades em grupo foram outros destaques do dia.

O secretário nacional, Thiesco Crisóstomo, e o assessor nacional, padre Wander Torres, falaram sobre os projetos nacionais assumidos pela PJ como instrumentos com o propósito de fortalecer os grupos de jovens. Em seguida, foi lançado oficialmente a publicação "Pastoral da Juventude: um jeito de ser e fazer". O subsídio de estudo reúne informações sobre a história, mística e identidade da pastoral e será difundido para todo Brasil.

Do trabalho em grupos tendo com tema os projetos nacionais resultaram mais de 130 produções como roteiro de dinâmicas, de encontros, do ofício divino da juventude, retiros e outras propostas. Agora o material passará por um processo de revisão antes de ser disponibilizado para todos os grupos de jovens do país.

O penúltimo dia do 10º ENPJ terminou com a celebração dos mártires presidida por dom Sinésio Bohn, bispo emérito de Santa Cruz do Sul (RS) e concelebrada por dom Emar Perón, bispo auxiliar na arquidiocese de São Paulo, responsável pela região episcopal Belém

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Igreja ama os pobres, destaca Bento XVI

Rádio Vaticano

A Igreja reconhece nos pobres o rosto de Jesus: foi o que o Santo Padre afirmou na manhã deste domingo, na visita ao Centro da Caritas diocesana de Roma, na Estação Termini. O papa encontrou os pobres, os marginalizados, e com eles, os médicos e os voluntários que todos os dias testemunham concretamente a solicitude da Igreja pelos necessitados. O pontífice dirigiu a todos palavras de esperança e de encorajamento.

O evento se inseriu no Ano europeu de luta contra a pobreza. Uma ocasião – disse Bento XVI – para renovar os esforços em todos os níveis pela construção de uma sociedade mais justa e solidária.

A Igreja ama os pobres e jamais os abandona, a Igreja ama todo homem "por aquilo que é e não por aquilo de tem": foi o que o papa reiterou com veemência encontrando os marginalizados da sociedade, os últimos, que são, porém, os primeiros no desígnio de amor de Deus. Uma visita densa de emoções e momentos de sincera comoção iniciada com o encontro, na policlínica, com os médicos e os voluntários do acolhimento.

O pontífice foi acolhido com aplausos e coros de festa no albergue onde pôde falar com alguns hóspedes do abrigo. No refeitório da Caritas, após a bênção da placa comemorativa do evento, o papa recebeu a saudação do seu vigário para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, que definiu a Caritas diocesana como uma "pequena aldeia da caridade" no coração de Roma. Um lugar – disse ele – onde se demonstra concretamente que "a marginalização pode ser contrastada e vencida pelo amor".

O purpurado dirigiu um apelo às instituições: "Que o estado social não sofra injustos redimensionamentos e as faixas mais frágeis da população não sejam mortificadas."

Em seguida, teve lugar o momento comovente da entrega ao Santo Padre do Crucifixo restaurado da Igreja de São Pedro em Onna, a localidade mais atingida pelo terremoto que em abril do ano passado sacudiu a região dos Abruços e o centro da Itália. O Crucifixo foi entregue ao papa por Giovanna Contaldo, hóspede do albergue "Don Luigi Di Liegro", que com as seguintes palavras ressaltou o significado do presente:

"Nesta Cruz, quebrada no terremoto, encontra-se a dor de todos nós que habitamos neste albergue, a dor do povo dos Abruços, dos pequeninos do Haiti, o martírio dilacerante dos pais e mães que na morte de seus filhos renovam toda vez a dor de Maria. Uma dor inexplicável, lancinante, mas não desesperadora. A Cruz restaurada que lhe doamos não é, portanto, a imagem do sofrimento, mas a espera do alvorecer e do resgate."

Por sua vez, o papa falou de esperança em seu discurso, um verdadeiro hino à Caridade na verdade. Bento XVI dirigiu-se diretamente aos pobres, aos marginalizados acolhidos pelo Centro da Caritas.

"Saibam que a Igreja ama vocês profundamente e não os abandona porque reconhece no rosto de cada um de vocês o rosto de Jesus. Ele quis identificar-se de modo totalmente particular com aqueles que se encontram na pobreza e na indigência. O testemunho da caridade, que neste lugar encontra concretização especial, pertence à missão da Igreja juntamente com o anúncio da verdade do Evangelho."

O homem "não somente precisa ser alimentado materialmente ou ajudado a superar os momentos de dificuldades, mas também precisa saber quem ele é e conhecer a verdade sobre si mesmo, sobre a sua dignidade" – foi a reflexão do Santo Padre.

"A Igreja, com o seu serviço em favor dos pobres – ressaltou – está comprometida em anunciar a todos a verdade sobre o homem, que é amado por Deus, criado à sua imagem, redimido por Cristo e chamado à comunhão eterna com Ele."

"Uma cidade em que um só homem sofre menos, é uma cidade melhor", dizia Don Luigi Di Liegro – extraordinária testemunha da caridade cristã, a quem é dedicado o albergue visitado pelo papa.

Um desafio de humanidade que hoje, com essa visita, Bento XVI renovou a toda a cidade de Roma.

História da Igreja no Brasil


A Igreja dos Pobres

A história da Igreja no Brasil se confunde com a história da misericórdia, da compaixão para com os pobres, os doentes, os órfãos, os abandonados, os idosos, os prisioneiros. Praticamente todas as modernas instituições de atendimento social tiveram a gestação na Igreja.

Não poderia ser diferente, pois a vida da Igreja consiste na imitação dos gestos de seu fundador. Jesus foi o homem da compaixão sem limites: doentes, rejeitados da sociedade, pecadores públicos, famintos, prostitutas... dele receberam o olhar amoroso e a mão estendida. E isso é tão decisivo que o julgamento e a salvação dependem do que tivermos feito com os doentes, prisioneiros, famintos, peregrinos... (Mt 25).

A IGREJA, MÃE DOS SOFREDORES

Assim também foi e é a história da Igreja no Brasil: uma sucessão de obras de misericórdia corporais e espirituais. Passando pelas Santas Casas de Misericórdia, pelas Casas de Caridade, Asilos, Orfanatos, Escolas, missões entre os índios..., percebemos a presença de bispos, leigos, sacerdotes, religiosos e religiosas.

É evidente que nos dias de hoje houve uma evolução do conceito de caridade e cidadania, passando a cobrar do Estado muitas iniciativas que antes eram da Igreja. É missão do governo, que recolhe impostos, oferecer aos cidadãos meios de trabalho, moradia, estudo, saúde, emprego. Mas isso não impede que a Igreja tenha suas obras de misericórdia, sobretudo naquelas situações em que se exige verdadeira vocação para o atendimento.

AS RELIGIOSAS, IRMÃS DA CARIDADE

A mulher foi sempre a grande promotora da caridade, da assistência ao pobre. Aliás, a vida da Igreja é marcada pela presença da mulher. Junto com o leite materno, ela alimentou o filho com o leite espiritual. A catequese é obra da mulher, como também o é a organização das comunidades. Na década de 80, elas começaram, no Brasil, a Pastoral da Criança. Iniciada em Florestópolis-PR, em 1983, expandiu-se pelo Brasil e evitou a morte e a desnutrição de milhões de crianças. Foi resultado do ideal dos irmãos Zilda e Dom Paulo Evaristo Arns.

O ministério da caridade foi exercido sobretudo pelas religiosas, que até recebiam o nome de Irmãs de caridade. A Coroa portuguesa fazia restrições à vida religiosa feminina no Brasil. O motivo era a carência de mulheres na Colônia: um convento feminino, atraindo vocações, pioraria o quadro. O caminho encontrado pelos chefes de família brasileiros foi enviar as filhas para conventos em Portugal. Mas, em 1732, o rei impôs pesadas multas e prisão para o capitão de navio que levasse mulheres sem permissão régia.

A primeira experiência religiosa no Brasil aconteceu em Santa Catarina, entre 1538-1548, quando os freis Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón fundaram, na atual Laguna, um Recolhimento para meninas indígenas. Seguiram-se outros em Pernambuco e Bahia. Não eram conventos, mas ofereciam a possibilidade de vida conventual.

O primeiro mosteiro brasileiro foi fundado em Salvador no ano de 1677. Em 1755, Salvador tinha sete casas religiosas, com 186 religiosas professas e, para servi-las, 499 escravos! Era um projeto religioso para as classes dominantes, com pouca austeridade e piedade.

As beatas tiveram outro tipo de vida religiosa. Tratava-se de leigas que vestiam o hábito da Ordem Terceira franciscana e passavam a vida na oração e na penitência. Chegavam a formar pequenas comunidades com espírito mais religioso e pobre do que nos conventos. Havia também as beatas peregrinas, não enclausuradas, que levavam vida apostólica, assumindo obras de caridade, como o trabalho com crianças.

Foi essa a possibilidade para a regeneração espiritual e social de mulheres prostituídas ou para as mulheres pobres que não tinham acesso aos conventos. Essas mulheres de vida religiosa autêntica escreveram uma bela página da vida católica brasileira.

A partir de 1849, chegaram ao Brasil as congregações femininas de vida ativa, dedicadas ao ensino e aos hospitais. Foram pioneiras as Irmãs de São Vicente de Paulo. Grande intuição foi a da Beata Madre Paulina que, em 1890, fundou em Santa Catarina a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cujo objetivo era a catequese, a caridade com os doentes, o ensino e a missão.

Cabe aqui recordar a inserção das religiosas nas CEBs, nos meios populares do interior, dos sertões brasileiros, entre os indígenas, onde são catequistas, médicas, conselheiras, enfermeiras, ensinam noções de higiene, saúde, etc.

Ir. Dulce, eleita pela revista semanal ISTO É "a religiosa do século 20", firmou-se no coração dos brasileiros como o Anjo dos Pobres de Salvador. Irmã Dulce concebeu sua obra como o refúgio seguro daqueles a quem nenhuma instituição queria receber.

IRMÃO JOAQUIM, O VICENTE DE PAULO BRASILEIRO

Nascido em Florianópolis, o Irmão leigo Joaquim Francisco do Livramento (1761-1829) tinha a espiritualidade centrada na devoção ao Santíssimo Sacramento e na consagração aos pobres.

Irmão Joaquim conseguiu reunir grupos de mulheres adoradoras do Santíssimo e criou muitas obras para o atendimento aos pobres e à infância desvalida. A ele deve-se a construção do Hospital Caridade dos Pobres, em Florianópolis, o Asilo para crianças abandonadas em Salvador, a Santa Casa de Porto Alegre...

Ele garantia a manutenção de suas obras viajando para a Europa; foi recebido por reis, vice-reis, governadores. Foi numa dessas viagens que Ir. Joaquim morreu na cidade francesa de Marselha. Ele tentou também promover a missão entre os índios, mas a burocracia não o permitiu.
Nunca aceitou ter escravos, fato raro em sua época. Vida de oração e de trabalho eram a força de sua ação.

Nos tempos modernos, a promoção humana na Igreja brasileira contou com a obra de Marcello Cândia (1916-1983), conhecido como "o empresário dos pobres". Proprietário de uma importante indústria italiana, vendeu-a e, em 1965, a convite de Dom Aristides Pirovano - Bispo de Macapá, transferiu-se para Amapá, aplicando sua fortuna na construção e manutenção de hospitais, leprosários, escolas, conventos... em diversos Estados brasileiros.

O trabalho de Marcello Cândia era marcado pelo espírito de bondade, caridade e santidade. Em 1995 foi aberto o processo para a sua beatificação.

AS CASAS DE CARIDADE DO PADRE IBIAPINA

O padre José Antônio de Maria Ibiapina, cearense nascido em 1806, foi promotor da vida religiosa no Nordeste. Em sua obra unia a espiritualidade missionária e a caridade. Ordenado sacerdote, viveu 28 anos como missionário no sertão onde pregava missões populares. Sua originalidade foi convocar o povo para obras comunitárias, como a construção de açudes, hospitais, escolas, cemitérios.

Fundou 22 Casas de Caridade em cinco Estados nordestinos, todas construídas com material local. Tudo isso ele construiu sem auxílio exterior, sem compromissos, sem apoio oficial. Não precisava, pois sua missão unia de modo claro a fé e a caridade, e convencia as populações atingidas.

Para conduzir essas Casas, apresentaram-se centenas de moças, com votos ou não, vocações locais, exercendo a função de enfermeiras, educadoras e evangelizadoras do povo. Um modo novo de viver a vida religiosa.

Ibiapina, já paralisado, passou os últimos 16 anos dirigindo e orientando suas fundações. Morreu em 1883. Infelizmente, os bispos nordestinos preferiram "importar" religiosas européias, dando pouca importância à obra original de Ibiapina, que teria dado outra feição à Igreja nordestina.
Pe. José Besen

Para Refletir

1.º Como se desenvolveu a ação caritativa da Igreja no Brasil?

2.º Quais são os destaques da atual ação social da Igreja no Brasil?

3.º Na celebração dos 500 anos foi reconhecida a presença silenciosa da Igreja na construção do Brasil?

Anel de Tucum: Qual o significado do seu uso?

anel de TucumExtraído de uma palmeira Amazônica (Bactris setosa) O anel de tucum significa adesão às causas populares, luta contra a opressão social e o desejo de um mundo mais justo, de humanos direitos para todas e todos. Tal significado é originário da utilização do anel de tucum como aliança matrimonial pelos escravos, o que lhe conferiu, logo em seguida, a força de símbolo clandestino de resistência e libertação. De lá pra cá, a simbologia do anel de tucum permanece viva e continua permitindo que as pessoas identifiquem, uma nas outras, tais princípios de vida.

Nas Igrejas da Comunidade Metropolitanas do Brasil e em outros países o anel de tucum encontra a plenitude do significado já exposto acima. Nossa missão de Inclusão Radical não é só a luta pelos direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) mas pela igualdade de direitos de todas e todos sem distinção, conforme declaramos em nossa Confissão de Fé: ”...Creio nos direitos humanos, na solidariedade entre os povos, na força da não-violência. Creio que todos os homens e mulheres são igualmente humanos. Creio que só existe um direito igual para todos os seres humanos, e que eu não sou livre enquanto uma pessoa permanecer escrava...” Por esta luta a ICM é conhecida em muitos países como a Igreja dos Direitos Humanos.

Bom, vale dizer que muitos usam o anel de tucum sem mesmo saber seus significados e conseqüências. Assumir tal compromisso, lutar por justiça e se colocar a favor dos menos favorecidos é se opor aos que buscam lucros por meio da exploração e lutar contra toda forma de opressão inclusive a Religiosa Homofóbica, Machista e Sexista. Essa não é uma tarefa fácil, pois em muitos casos isso pode ser até mesmo perigoso.

Algumas pessoas usam na mão esquerda, outras na mão direita e ao que parece não existe diferença no significado, mas já escutei belas explicações:

“uso na esquerda, pois há uma veia no dedo anelar esquerdo que vai direto ao coração”
“a mão direita é a que saúdo meus irmãos e irmãs”

Creio que independente da mão, todos temos um ideal parecido: o compromisso com os menos favorecidos, o de busca e luta por uma sociedade mais justa e fraterna, o que para mim (e acredito que para muitos também!), trata-se da construção do Reino de Deus, da Civilização do Amor!!!

- Particularmente falando, acho lindo a mística e a simbologia que este anel tem! O peso que ele possui e se faz sentir!

Realmente não é fácil carregar, assumir, o que para mim faz parte da proposta do Projeto de Jesus: A Radical Inclusão!

Referências:

* Conteúdos para Mudar o Mundo – Raquel Quintino

* "O Anel de Tucum", Dom Pedro Casaldáliga

Fonte: http://www.icmsp.org/novoportal/index.php?option=com_content&view=article&id=339:o-anel-de-tucum-qual-o-significado-do-seu-uso&catid=43:artigos&Itemid=67

O Anel de Tucum

Muita gente (alunos, colegas e até familiares) me pergunta o que significa a "grossa argola" negra que carrego no anular da mão direita. Bom, imaginando que mão e dedo não interferem no significado do anel de tucum (esse é o nome da tal "argola"), costumo responder que se trata de minha opção pelas lutas populares, pelas classes subalternas. Trata-se, pois, de uma aliança popular, de um pacto de honra e determinação por fazer tudo que estiver ao meu alcance, como indivíduo e como ser social, para levar adiante a reivindicação de direitos e a esperança por um mundo realmente humano e fraterno. Na explicação que publico abaixo - encontrada sem autoria nas venturosas páginas da rede mundial de computadores e sensivelmente editada por mim - está a origem histórica e religiosa dos grandes pactos, das grandes alianças... E também alguns emblemas para refletir sobre a força e a importância do anel de tucum , que carrego no dedo e, principlamente, no coração, na ação cotidiana apaixonada...

Eram diversos e variados os rituais para celebrar uma aliança. Os mais simples eram: apertar a mão um do outro, dar um presente, trocar de veste ou de armas. Os mais profundos eram: beber ou misturar o sangue um ao outro, ou imergir a mão numa bacia de sangue; às vezes cortavam-se animais sacrificados e passava-se entre eles (cf Gen 15-17; Jer 38,18). O sentido desse gesto é que os aliados aceitavam a sorte de tais animais, caso quebrassem a aliança ou não cumprissem sua obrigações. Daí o papel importante desempenhado pela aliança tanto na vida privada quanto na vida pública entre os povos que viviam em organização tribal.


Conforme a tradição bíblica, Deus celebrou várias alianças com seu povo ao longo da história, culminando na pessoa de Jesus de Nazaré. Desde então os seus seguidores passaram a falar em antiga e nova aliança. Assim como a antiga aliança foi constituída pelo sangue dos animais sacrificados (Ex 24,8), a nova aliança foi constituida pelo sangue de Jesus Cristo (Heb 9,11-20;10,1-18).


No rastro dessa tradição, renasce o simbolismo da Aliança no Anel de Tucum, extraído de uma palmeira da Amazônia, cheia de espinhos, o símbolo do compromisso e da aliança com as causas dos oprimidos, excluídos e marginalizados - e sua lutas por libertação.


Foi na década de 70 que o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) adotou e divulgou o Anel de Tucum, hoje usado no mundo inteiro por quem assume a luta pelas causas populares, misturando-se com a sorte dos pobres da terra.


Esse símbolo foi bem escolhido, pois assim como é penoso fazer o anel de tucum, também é árdua a luta por dignidade, vida, esperança e paz.

O cantor e compositor Rubinho do Vale possui uma belíssima canção que retrata muitíssimo bem o sentido da aliança expressa pelo anel de tucum. Vejamos a letra de "Canção da Esperança":

A canção da esperança que vou anunciar

Vem como a luz do dia

Vem trazendo a aliança do céu com a terra e o mar

Tudo será harmonia

São notas musicais que o silêncio bonito traduz

Sentimento de paz vem de tempo infinito de luz

Toda a humanidade vai ver que a bondade

Na verdade é um grande dom

Esse tempo novo vai encantar o povo

Na certa quem viver verá que é bom

A canção da esperança que venho anunciar

Na linda luz desse dia

É o caminho da bonança bom pra gente caminhar

No brilho da harmonia

Com amor a justiça e a paz se abraçarão

A felicidade da fraternidade é união

Para ter clareza de toda essa beleza

É preciso abrir o coração

Nessa nova era de nova primavera

O meu canto é uma celebração

FOnte http://travessia21.blogspot.com/2006/10/o-anel-de-tucum.html

Agora no pjmúsica você poderá baixar o filme Anel de Tucum na página de download. É uma boa opção de filme para seu Grupo de Jovens
Tenho tambel em DVD -boa qualidade- acesse o pjloja
Anel de Tucum: Símbolo da Solidariedade

É um símbolo de solidariedade que está nas mãos de muita gente de norte a sul do nosso país e também nas mãos de várias pessoas de nossa América Latina e da Europa, que lutam pela justiça e se engajam em pastorais sociais (das igrejas cristãs especialmente), entidades, movimentos sociais e ong´s que lutam a favor dos que são explorados pelo capitalismo selvagem.

Na época do Império, quando o ouro era usado em grande escala entre os opressores, principalmente nos anéis, os negros e os índios não tendo acesso ao ouro, inventaram o ANEL DE TUCUM como símbolo de pacto matrimonial, símbolo de amizade entre si e também de resistência na luta por libertação. Era símbolo clandestino cuja linguagem somente eles sabiam. O anel de tucum agregava os oprimidos, em busca de vida, mesmo no meio de tanta opressão.

Fonte:http://www.filmesreligiosos.com

Muitos nos perguntam o que significa este anel preto que utilizamos nas mãos, e por isso resolvemos escrever este post.

Primeiramente, este anel preto chama-se “anel de tucum”. Tucum é o nome de uma palmeira da amazônia, da qual sua madeira, é utilizada para fazer este anel.

O anel de tucum é um símbolo usado por aqueles/as que acreditam no compromisso preferencial das Igrejas com os pobres. Também um símbolo de solidariedade que está nas mãos de muita gente de norte a sul do nosso país e também nas mãos de várias pessoas de nossa América Latina e da Europa, que lutam pela justiça e se engajam em pastorais sociais (das igrejas cristãs especialmente), entidades, movimentos sociais e ONG´s que lutam a favor dos que são explorados pelo capitalismo selvagem.

Na época do Império, quando o ouro era usado em grande escala entre os opressores, principalmente nos anéis, os negros e os índios não tendo acesso ao ouro, criaram o ANEL DE TUCUM como símbolo de pacto matrimonial, símbolo de amizade entre si e também de resistência na luta por libertação. Era símbolo clandestino cuja linguagem somente eles sabiam. O anel de tucum agregava os oprimidos, em busca de vida, mesmo no meio de tanta opressão.

O objetivo é resgatar este compromisso e denunciar as causas da pobreza. Este é o compromisso simbolizado nesta aliança, já que tanto no Antigo quanto no Novo Testamento os profetas e apóstolos afirmam a fidelidade de Deus aos pobres e oprimidos. A aliança de tucum é o sinal desta fidelidade, deste compromisso.

Além da Bíblia, a opção pelos pobres é testemunhada também por toda a tradição da Igreja, principalmente na América Latina, a partir do Concílio Vaticano II e das Conferências dos Bispos em Puebla e Medelin. Esta opção é a essência mesmo da vida cristã porque está ligada à imitação da vida de Cristo. Mas esta opção não é apenas uma responsabilidade individual. Neste momento da história, ela implica um compromisso social que está ligado à partilha e acesso à propriedade dos bens absolutamente necessários à vida. Deus está do lado dos pobres porque Deus ama os pobres. Por isso o cristão é chamado a seguir este mesmo exemplo de amor e opção preferencial que tenta promover a dignidade humana. No pobre revela-se o rosto do próprio Deus (Mt 25,40).

Existe também uma comunidade sobre o Anel de Tucum na rede solcial Orkut. Clique aqui para acessá-la.

No filme “Anel de Tucum”, Dom Pedro Casaldáliga explica assim o sentido desta aliança: “(…) Este anel é feito a partir de uma palmeira da Amazônia. É sinal da aliança com a causa indígena e com as causas populares. Quem carrega esse anel significa que assumiu essas causas. E, as suas conseqüências. Você toparia usar o anel? Olha, isso compromete, viu? Muitos, por causa deste compromisso foram até a morte (…)”.